Muitos vão perguntar: O que esta
doida esta falando do livro Cinquenta Tons de Cinzas em sua pagina de adoção???
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Muitos leram a trilogia Cinquenta
Tons de Cinza, se prenderam ao romance e as cenas de sexo. Eu o li, e como a
maioria das pessoas, inicialmente me apeguei na linda história de amor que
desenrola e fortalece em cada capitulo, mas depois, resolvi reler e me ater ao
lado psicológico...
Um menino, órfão aos 4 anos,
filho de uma usuária de drogas, que tinha um cafetão, exposto a todos os tipos
de violência e negligencia, espancado constantemente pelo então cafetão de sua
mãe, sem ela nunca o defender. A viu morrer e ficou trancado com ela
falecida por dias dentro de uma casa. Adotado, leva para sua nova vida, todos
os traumas e medos, raiva, repulsa, fobias...
Esquecendo as partes do livro que
aborda o lado romântico, sexual e mirabolante de uma vida milionária, muitos de
nossos filhos vão vim com mochilas cheias de historias repugnantes, tristes e
com muitos traumas.
Não estou falando aqui que uma
criança que sofreu maus tratos, vai virar (obrigatoriamente) um sadomasoquista,
controlador, ciumento e possessivo... Mas que os nossos filhos são afetados -
positiva e negativamente - em grau maior ou menor pelo seu passado, isso é
verdade. As vezes se isolando, as vezes desafiando, e a - grande
maioria - na forma de se ver, se alto julgando não merecedor de amor, carinho e cuidados, causando
muito atrito em sua convivência familiar, assim como o Christian Gray do livro.
Não vou apontar um Norte para
ninguém, óbvio que cada historia e cada recomeço vão apontar qual o melhor caminho
a tomar. Cabe aos papais, sabendo o quão pesado é esta mochila emocional, tentar ajudar os
filhos a carrega-la e ir auxiliando no “descarte” ou “reciclagem”, para que ela
fique, se não vazia de lembranças ruins, o mais leve possível.
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